- A globalização e o comércio mundial.
A expressão globalização surgiu na década de 1980 e se refere
ao processo da intensificação de trocas de mercadorias, serviços, capitais etc.
ao redor do mundo, porém sociólogos afirmam que o processo é mais antigo. Ele
começa no período das grandes navegações e vai se intensificando cada vez mais
até a globalização total que temos nos dias de hoje, onde, praticamente, todas
as regiões do mundo estão interligadas através dos meios de comunicação, de
transporte e dos fluxos de mercadorias e de pessoas.
Quanto aos fluxos de serviços existem dois tipos, os fluxos
materiais e os imateriais. O primeiro se trata da troca de produtos,
mercadorias, capitais ou pessoas. Já o segundo se trata do fluxo de serviços
como os de seguro de automóveis, as redes de informação e de comunicação.
*Multinacionais.
As multinacionais são empresas pertencentes a determinados
países, mas que possuem filiais em vários países do globo, essas empresas são a
principal característica da Terceira Revolução Industrial, elas evoluíram de
acordo com o avanço tecnológico ocorrido no mundo todo, elas também intensificaram
a competitividade. Normalmente as multinacionais pertencem aos países
desenvolvidos e se instalam em países subdesenvolvidos que oferecem condições
especiais como mão-de-obra barata, presença de matérias-primas e políticas que
garantem menor custo. Sendo assim a economia desses países dependem
praticamente dos países sede.
-Globalização financeira.
A globalização financeira é o processo que a livre circulação
de capitais acontece entre os países, ou seja, a barreira alfandegária é
praticamente extinta. As aplicações de capitais são feitas de forma imediata,
porém se ocorrer alguma crise nos países centrais ela se alastra como um efeito
dominó atingindo todos os países.
-Globalização dos serviços.
Os fluxos de serviços parecem abstratos, mas quando
analisados vemos grandes números, esses se mostram principalmente em países
onde há grande fluxo turístico.
-Comércio internacional.
A OMC (Ordem Mundial do Comércio) é o órgão que regula o
comércio mundial e aplica punições e penalidades, ela visa romper as barreiras
alfandegárias e diminuir os custos. No entanto as maiores trocas comerciais
ainda se concentram nas principais zonas centrais Ásia, Europa e Estados
Unidos, mesmo os países subdesenvolvidos serem maior número de membros da OMC.
Isso causa uma diferença econômica muito grande entre os países desenvolvidos e
os subdesenvolvidos, gerando protestos no mundo todo.
-Movimentos antiglobalização.
Os movimentos antiglobalização alegam que o processo só
beneficia os países ricos e aumenta ainda mais a desigualdade entre pobres o
ricos. Um aspecto que mostra a desigualdade da globalização é o cultural, pois
grande parte da cultura difundida no mundo é dos países desenvolvidos do norte,
por exemplo, o tipo de música que a maioria das pessoas ouvem.
-Globalização ilegal.
O processo de globalização também ajudou o aumento das
atividades ilegais, a facilidade de comunicação proporcionada pelo avanço da
tecnologia e também a evolução dos transportes facilita o processo que envolve
o tráfico de drogas, de armas ou qualquer outra atividade ilícita.
-Grandes blocos comerciais.
Os grandes blocos econômicos são formados por países que
fazem trocas comerciais entre si. Embora pudesse haver uma mundialização homogênea da economia não é
isso que acontece, as riquezas estão cada vez mais concentradas nas mãos dos
países desenvolvidos, a criação do neoliberalismo intensificou ainda mais e
diminuiu a ação do Estado nas transações internacionais. Os blocos econômicos
podem ser classificados em quatro tipos:
-Zona de livre-comérico, há redução ou eliminação de
tarifas alfandegárias entre os países-membros.
-União aduaneira, abre o mercado interno para produtos
e serviços dos países-membros e define regras para que os países do grupo
realizem trocas com países que não estão nele.
-Mercado comum, permite livre circulação de pessoas,
mercadorias e serviços entre os países-membros.
-União econômica e monetária, os membros adotam mesma
política de desenvolvimento e a mesma moeda.
-União Europeia.
União econômica e monetária que adota como moeda o Euro e
engloba grande parte dos países da Europa. A Inglaterra participa do grupo, mas
não aderiu ao Euro.
-Asean.
Criada no contexto da Guerra Fria englobava, inicialmente,
países asiáticos que aderiram ao comunismo. Tornou-se zona de livre-comércio em
1992, mas as disparidades econômicas dificulta as relações entre os membros.
-Apec.
Formado em 1989 por iniciativa da Austrália e com o apoio dos
EUA, o grupo visava não formar um grupo político, mas apenas aproveitar o
livre-comércio. Dentre o países-membros temos China, EUA, Japão, Chile entre
outros.
-Mercosul.
Criado em 1991 é constituído pela Argentina, Brasil, Paraguai
e Uruguai. O objetivo do bloco é eliminar as tarifas de mercadorias produzidas
por seus membros. Em 1995 foi instalada zona de livre-comércio onde cerca de
90% das mercadorias não possuem tarifas alfandegárias.
-Nafta.
Constituído pelos três países da América do Norte (EUA,
Canadá e México), o Nafta é uma zona de livre-comércio, porém as diferenças
socioeconômicas entre os países trazem problemas principalmente para o México,
como a grande emigração de mexicanos para os EUA, muitas vezes ilegalmente.
-Alca.
A criação desse bloco econômico possuía os mesmos objetivos
que os do Nafta, porém, a população dos países latino-americanos, iniciou uma
onda de protestos contra a criação do bloco, justamente por saber dos problemas
que esse trouxe ao México. A data inicial de seu funcionamento estava prevista
para 2005, no entanto não vigorou até presente data (Março/2012).
-Protecionismo agrícola.
Para haver mais competitividade no mercado internacional o
Estado subsidia a agricultura, ou seja, proporciona investimentos que aumentam
a produção e barateiam os produtos. Os países desenvolvidos são os que mais se
beneficiam com os subsídios agrícolas.
-Rodada de Doha.
Reunião ocorrida em Doha, capital do Catar, com o objetivo de
diminuir ainda mais a participação do Estado na economia favorecendo ainda mais
o livre-comércio, porém não houve muitos progressos, pois o países
desenvolvidos não aceitam remover suas barreiras alfandegárias para produtos
agrícolas exportados pelos países pobres.
-G-20.
Grupo de 20 países em desenvolvimento que buscam se
fortalecer perante os países mais desenvolvidos, a sua força é expressiva, pois
concentram 60% da população mundial e representam 30% das exportações agrícolas
pelo mundo.
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